A Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná (Amsop) recebeu, nesta quinta-feira (23), o seminário “Semana de Energias Renováveis”, sobre a produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis no campo. O evento foi organizado pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), Banco do Brasil e Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), com o apoio da Amsop.

 

Na abertura, o diretor executivo da Amsop, José Kresteniuk, que representou o presidente da entidade e prefeito de Francisco Beltrão, Cleber Fontana, assinalou que “é papel da Amsop apoiar cada vez a produção e desenvolvimento do setor agropecuário, que é vital para a economia do sudoeste”.

 

“O custo da energia elétrica é muito alto, o que acaba comprometendo uma boa parte do lucro dos nossos produtores rurais. E, com o fim da Tarifa Rural Noturna da Copel, o agricultor precisa pensar em alternativas, como produzir a sua própria energia, por exemplo, para compensar aquele desconto que ele tem com a tarifa especial”, destacou Denise Adamchuk, chefe do Núcleo da Seab de Francisco Beltrão.

 

Ainda segundo Denise, a transformação dos dejetos das propriedades rurais em biomassa para a geração de energia elétrica, é uma solução para um embaraço enfrentado pelos municípios com a destinação dessa matéria orgânica.

 

Voltado aos produtores rurais, agroindústrias, cooperativas agropecuárias e empresas do setor de energia solar, o evento teve o objetivo de apresentar e estimular a adesão ao programa RenovaPR, do governo do Estado, que já viabilizou a implantação de aproximadamente 2 mil projetos de unidades solares fotovoltaicas e biodigestores em propriedades rurais, o que já superou os R$ 300 milhões em investimentos.

 

O gerente regional do IDR-Paraná em Francisco Beltrão, Ericsson Marx, ressaltou as vantagens para os produtores rurais em aderirem ao RenovaPR até o fim deste ano: “o produtor vai poder contar com crédito rural a juro zero pelo Banco do Agricultor Paranaense, e isenção tarifária, até 2045, da sua produção de energia elétrica excedente, a chamada “taxação do sol”, estabelecida pela Lei Federal 14.300/2022.

 

Conforme um dos palestrantes, o engenheiro elétrico Henajer Stella, que representou a Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Sudoeste do Paraná (Sudemge), a energia fotovoltaica produzida pode ser utilizada pelos agricultores através das placas solares ou do excedente que fica acumulado em baterias.

 

A frente de honra foi composta, ainda, pelo secretário municipal da Agricultura de Francisco Beltrão, Claudimar de Carli, e pelo gerente do Banco do Brasil em Francisco Beltrão, Ozires de Souza.



FONTE | FOTOS: Assessoria/Amsop