O Rio Grande do Sul tem quatro barragens em situação de emergência. Isso significa que elas apresentam risco de rompimento iminente, segundo o governo do estado. A situação foi atualizada no início da tarde desta sexta-feira (3).

 

Ao todo, 37 pessoas morreram em razão dos temporais no estado. São 74 feridos e 74 desaparecidos. Conforme o boletim mais recente da Defesa Civil, 31,5 mil pessoas estão fora de casa, sendo 7.949 pessoas em abrigos e 23.598 desalojados (na casa de familiares ou amigos). Ao todo, 235 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 351,6 mil pessoas.

 

As barragens com risco de ruptura iminente ficam em Cotiporã, Bento Gonçalves, Canela e São Martinho da Serra. O decreto da situação de emergência exige que providências sejam tomadas para preservar vidas.

 

A barragem 14 de Julho se rompeu parcialmente na tarde de quinta (2). A Defesa Civil estadual emitiu alerta e determinou a evacuação de comunidades em sete cidades. A barragem segue em situação estável, sem alterações desde quinta-feira. A vazão de água diminuiu nas últimas horas, diz a empresa que opera a usina.

 

A barragem do Arroio Barracão, em Bento Gonçalves, sofreu erosão da margem direita. Ao todo, 50 famílias estão sendo retiradas da região. Já na barragem Saturnino de Brito, em São Martinho da Serra, houve a necessidade de evacuação da população potencialmente atingida.

 

Diferente das barragens de rejeitos de minério, como as que provocaram as tragédias de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais, as principais estruturas sob risco no estado são de usinas hidrelétricas. As barreiras represam a água de rios para a geração de energia.

 

O estado afirma que também monitora com atenção as barragens de Santa Lúcia, em Putinga; São Miguel do Buriti, em Bento Gonçalves; Nova de Espólio de Aldo Malta Dihl, em Glorinha; e Belo Monte, em Eldorado do Sul.



Fonte: g1.globo.com | Foto: RBS TV/Reprodução