O Paraná vai viabilizar a coleta e destinação gratuita de lâmpadas fluorescentes pós-uso em municípios com menos de 25 mil habitantes. A iniciativa é da Associação Brasileira Para Gestão da Logística Reversa de Produtos de Iluminação (Reciclus), entidade sem fins lucrativos, e conta com o apoio do Governo do Estado por meio da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável (Sedest). O edital de chamamento já está aberto e as prefeituras interessadas têm até 31 de março para se inscrever.

 

De acordo com o material, o recolhimento e o transporte das lâmpadas serão de responsabilidade da Reciclus. Já o armazenamento adequado, divulgação do programa e ações de educação ambiental serão atribuídos aos municípios inscritos, com suporte técnico da Sedest. A iniciativa integra o Termo de Compromisso para Operacionalização do Sistema de Logística Reversa de Lâmpadas Pós-Consumo no Estado do Paraná assinado em 2022 pelo Governo do Estado, Ministério Público do Paraná (MPPR), Federação do Comércio do Estado do Paraná (Fecomércio) e Associação Comercial do Paraná (ACP).

 

Coordenadora de Saneamento Ambiental de Economia Circular da Sedest, Isabella Tioqueta explica que as lâmpadas contêm mercúrio em sua composição, fazendo com que o descarte incorreto pode contaminar o solo e os corpos hídricos, afetando fauna, flora e a própria população. “Esse edital é essencial para que possamos incentivar o recolhimento desses materiais de caráter perigoso, evitando que gerem contaminação de solo ou água por estarem no local incorreto”, afirma.

 

A ideia da ação, destaca ela, é pontual e voluntária, e busca ampliar a quantidade de lâmpadas destinadas à reciclagem nesses municípios, viabilizando recolhimentos a partir de 1.000 unidades arrecadadas por cidade. “É importante que os municípios façam a inscrição e também que a população colabore com os processos de coleta”, ressalta Isabella.

 

LOGÍSTICA REVERSA – Após a coleta, a Reciclus faz a separação de todas as peças e componentes das lâmpadas fluorescentes. A partir disso, é feita a reentrada: o vidro é renovado, comumente utilizado na produção de cerâmicas e revestimento de azulejos; os metais são destinados a novas utilizações, como a indústria automotiva; e o plástico é granulado e usado em diversos segmentos da indústria.

 

Já as partes contaminadas pelo mercúrio são limpas e posteriormente incineradas.

 

ARRECADAÇÃO – O depósito do material deve seguir regras criteriosas, definidas pelo disposto 12.235 da Norma Brasileira Regulamentadora (NBR), que normatiza o armazenamento de resíduos sólidos considerados perigosos, que podem afetar a saúde pública. Os pontos de coleta deverão manter as lâmpadas sem contato com o solo, longe de temperaturas extremas, ventos e chuvas.

 

“É importante reforçar que não serão aceitos outros tipos de lâmpadas, como LED, halógenas e decorativas”, diz a coordenadora.

 

Saiba como vai funcionar a coleta de lâmpadas fluorescentes:

Para que o município seja atendido, é necessário:

- Ter menos de 25 mil habitantes;

- Armazenar, em um único local, pelo menos 1.000 lâmpadas fluorescentes

- Disponibilizar um local próprio para armazenamento temporário;

- Garantir que as lâmpadas estejam acondicionadas em ambiente coberto, conforme as normas de segurança.

 

Importante: Não serão aceitos outros tipos de lâmpadas (LED, halógenas, decorativas, luminárias, etc.).

 

Em caso de dúvidas ou para mais informações basta entrar em contato com a Coordenação de Saneamento Ambiental e Economia Circular da Sedest via WhatsApp (41) 9248-2170, e-mail: contabilizando.residuos@sedest.pr.gov.br ou pelos telefones fixos 41-3304-7700 / 41-3304-7767 / 41-3304-7794.



FONTE: Agência Estadual de Notícias do Paraná | FOTO: Denis Ferreira Netto/SEDEST-PR