Conhecido como parto empelicado, o nascimento de bebês dentro da bolsa amniótica é um caso raro no mundo da obstetrícia. A estimativa é de um nascimento assim para cada 80 mil partos. Mas na semana passada a equipe médica do Hospital Regional do Sudoeste, em Francisco Beltrão, testemunhou um caso assim.

 

A gestante estava grávida de gêmeos e fez cesárea. O primeiro bebê, um menino, nasceu com cerca de 2,9 kg e fora da bolsa, já a menina veio ao mundo com mais de 3 kg e envolta na estrutura que protege o feto na barriga da mãe. “Essa era uma gravidez gemelar dicoriônica, em que cada bebê tem sua placenta e bolsa”, explica o dr. Renan Copetti, que fez o procedimento. Em toda sua carreira, ele já fez três partos empelicados.

 

O nascimento do bebê ainda dentro da bolsa não traz complicações adversas. Pelo contrário: é algo que pode ser benéfico para o recém-nascido. “No caso do parto gemelar, ele implica em menos sofrimento porque indica que teve menos compressão na cabeça do bebê, então favorece a oxigenação e melhor recuperação após o parto”, relata ele.

 

Os gêmeos nasceram saudáveis e já estão em casa, com os pais, que residem em Dois Vizinhos.



FONTE: Jornal de Beltrão | FOTO: Divulgação/HRS