Na manhã desta quinta-feira, 21, o delegado da Polícia Civil da Comarca de Salto do Lontra, Dr. André Mendes, participou do programa Jornal da Manhã da Rádio Independência, conduzido pelo jornalista Wesley Hoinatz, para destacar a importância da Campanha Agosto Lilás, voltada à prevenção e ao combate da violência doméstica e familiar.
Durante a entrevista, o delegado ressaltou que a sociedade como um todo deve estar atenta a essa problemática, contribuindo para a redução dos casos. Ele lembrou que a violência doméstica geralmente começa de forma silenciosa, com atitudes como xingamentos, humilhações e empurrões, podendo evoluir para situações mais graves, inclusive o feminicídio.
Segundo Dr. André, a violência pode ser física ou psicológica, e muitas mulheres ainda enfrentam dificuldades para buscar ajuda, seja por medo ou vergonha. No entanto, ele destacou que atualmente existe uma rede de proteção estruturada, com instituições e profissionais capacitados para acolher e orientar as vítimas.
O delegado revelou que, na comarca de Salto do Lontra, o índice de violência doméstica é preocupante, representando a maior parte dos inquéritos em tramitação na delegacia. Ele enfatizou que a violência afeta não apenas a mulher, mas também os filhos, que carregam traumas para toda a vida. “Grande parte dos adolescentes em conflito com a lei vêm de lares desestruturados”, observou.
Dr. André também destacou que os agressores são responsabilizados judicialmente e, em muitos casos, submetidos a medidas protetivas e obrigados a participar de grupos reflexivos, nos quais são incentivados a repensar suas atitudes.
Ele reforçou ainda que violência doméstica não se resume à agressão física, mas inclui qualquer forma de violência psicológica, moral ou emocional.
Ao final da entrevista, o delegado deixou os canais de denúncia à disposição da comunidade: 181 (para tráfico de drogas e outros crimes), Disque 100 (direitos humanos) e 180 (específico para violência doméstica).
Dr. André Mendes finalizou incentivando as mulheres a não terem medo de buscar ajuda. “A Polícia Civil está sempre à disposição para acolher e proteger. A mulher precisa ser respeitada em sua individualidade e dignidade como ser humano”, concluiu.
FONTE | FOTO: Redação/Rádio Independência