

A população do Paraná vai ultrapassar, pela primeira vez, a do Rio Grande do
Sul. Nesta quinta-feira (10), os dois Estados terão, por volta das 6 horas, uma população igual - de
11.331.597 pessoas e, minutos depois, o número de paranaenses vai passar o dos gaúchos. O cálculo
foi feito pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes), com base nas
projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A ultrapassagem se
explica porque a população do Paraná cresce mais que o dobro que a do Rio Grande do Sul, de acordo
com o IBGE. A cada dia, a população do Paraná aumenta em mais 205,23 pessoas, enquanto o Rio Grande
do Sul ganha 90,57 pessoas.
O Paraná aumenta uma pessoa na sua população a cada 7 minutos
e dois segundos. O Rio Grande do Sul, leva mais que o dobro de tempo. A população gaúcha ganha uma
pessoa a cada 15 minutos e 55 segundos.
O Rio Grande do Sul se encontra em um estágio
demográfico mais consolidado, com menor taxa de fecundidade, maior expectativa de vida e um saldo
migratório negativo, com mais pessoas deixando o Estado do que indo morar nele, analisa Julio
Suzuki Júnior, diretor do Ipardes. O Paraná, embora esteja seguindo essa trajetória, ainda ganha
população em um ritmo mais acelerado, completa Daniel Nojima, diretor de pesquisas do Ipardes.
PROJEÇÃO 2040 - O Paraná deve atingir 12,208 milhões de habitantes até 2040. As projeções do
Ipardes apontam para o aumento da população idosa e diminuição de jovens. A população de zero a 14
anos deve passar de 20,8% em 2017 para 14,6% do total do Estado. A população idosa, por sua vez (65
anos e mais) passa de 9,2% para 19,9% no período.
Essa tendência, explica o diretor de
pesquisas do Ipardes, é verificada em todo Brasil e está associada ao declínio da natalidade e à
ampliação da expectativa de vida. Do ponto de vista prático, a compreensão dessa mudança de patamar
ajuda, de acordo com Suzuki Júnior, no planejamento de políticas públicas.
Esse novo
desenho contemplará, por exemplo, uma demanda maior por serviços de saúde e uma oportunidade para
melhorias na educação. Com o nascimento de menos crianças e por consequência menos alunos em sala
de aula, é possível, por exemplo, se adotar um regime de educação integral nas escolas,
exemplifica.
Fonte: FONTE: aen.pr.gov.br | FOTOS: Arquivo/ANPr

