AEN - Os cursos técnicos oferecidos nas escolas estaduais do Paraná e seus parceiros (Senai e Senac) alcançam 95% da população do estado. Dos 399 municípios, apenas 76 não têm nenhuma opção de cursos técnicos profissionalizantes gratuitos oferecidos pela Secretaria de Estado da Educação, pelo Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Médio Técnico e Emprego) ou pela Escola Técnica Aberta do Brasil (e-Tec Brasil), do governo federal.
O mapeamento feito pelo Departamento de Educação e Trabalho, com dados referentes ao número de matrículas no Estado, aponta que menos de 5% da população paranaense (4,68%) não têm acesso gratuito a cursos técnicos na cidade onde moram. Essas cidades concentram em média cerca de 10 mil moradores. Alguns municípios são menores, possuem 2 mil habitantes, e um curso técnico não tem demanda para ser implantado.
As pessoas que moram nessas cidades, no entanto, têm opções de formação profissional na região. Municípios maiores, que ficam em grandes centros, ofertam os cursos técnicos na rede estadual de ensino e nas instituições parceiras como Senai e Senac. A média de distância é 55 quilômetros para quem pretende fazer um curso técnico e mora em uma das 76 cidades onde não existe essa opção.
Na cidade de Ângulo (Norte), com 2.954 moradores, não são ofertados cursos profissionalizantes, mas em Maringá (Noroeste), a 36 quilômetros de distância, são ofertadas várias opções como administração, contabilidade, meio ambiente, enfermagem e logística, por exemplo. O morador de Pinhal de São Bento (Sudoeste) encontra cursos técnicos em Francisco Beltrão (Sudoeste) a 47 quilômetros de distância onde são ofertados os cursos de administração, enfermagem, meio ambiente, segurança do trabalho, entre outros. A população do Paraná é de cerca de 10,9 milhões de habitantes. Somente 515 mil moram em cidades onde não existem cursos técnicos profissionalizantes.
“Foi feito um estudo para identificar a demanda de profissionais no curto, médio e longo prazo nas cidades onde são ofertados os cursos técnicos. Para se abrir um novo curso é levado em conta se o aluno formado terá campo para trabalhar naquela área na cidade onde mora”, explicou a diretora do Departamento de Educação e Trabalho, Fabiana Campos.
Com isso, os alunos que saem dos cursos técnicos podem ajudar a desenvolver a região onde vivem. Este estudo de demanda leva em conta os Arranjos Produtivos Locais (APLs), termo que define estratégias de crescimento e desenvolvimento dos setores públicos e privados em qualquer localidade mundial. Essa interatividade entre a expansão dos cursos da Educação Profissional e os APLs possibilitou, em média, um avanço de 8% no número de escolas com cursos técnicos nos últimos anos no Paraná.
ESTRUTURA - A Secretaria de Estado da Educação oferece 55 cursos técnicos profissionalizantes gratuitos na rede estadual. Na página www.educacao.pr.gov.br/cursostecnicos o estudante encontra todas as opções de cursos. Todos são gratuitos e possibilitam o acesso ao estágio, aproximando os alunos ao mundo do trabalho.
Nos últimos três anos os esforços para a melhoria da Educação Profissional no Paraná compreendem a entrega de 571 laboratórios, investimentos que fazem parte do Programa Brasil Profissionalizado, do governo federal em parceria com o Estado.
A rede de Centros Estaduais de Educação Profissional (CEEPs) está sendo ampliada em 80%. Com a construção de 18 novos Centros, que abrirão mais 20 mil vagas, e com a ampliação e reforma de outras 23 escolas de ensino médio que oferecem, também, cursos profissionalizantes. Os investimentos na rede chegam a R$ 200 milhões.