A obra de construção da Hidrelétrica Baixo Iguaçu concluiu uma nova etapa nesta
quinta-feira (14) com a descida do rotor da unidade geradora 3. É o último grande equipamento a ser
instalado na usina, que deve entrar em funcionamento até o fim deste ano.
A governadora
Cida Borghetti acompanhou o trabalho e ressaltou a contribuição da unidade para o setor energético e
para o País. Esse é um momento emblemático, que marca a etapa de finalização de uma obra tão
importante, que vai impactar na vida da população brasileira, pois contribuirá para a oferta de
energia limpa, afirmou a governadora.
Localizada no trecho final do Rio Iguaçu, entre os
municípios de Capanema e Capitão Leônidas Marques, a usina é construída pela Copel e a Neoenergia. O
investimento total é de R$ 1,7 bilhão, com participação de 30% da Copel e o restante da Neonergia. A
obra começou em 2013 e, no pico, gerou 3.100 empregos. Atualmente, 2.500 funcionários trabalham na
fase final de construção.
O presidente da Copel, Jonel Yurk, lembrou que essa usina é o
último grande aproveitamento do Iguaçu e a sexta do rio. A unidade tem capacidade instalada de 350
megawatts, o suficiente para abastecer uma cidade de praticamente 1 milhão de habitantes e contribui
para o desenvolvimento do Paraná e do País, disse Yurk. Como o sistema elétrico nacional é
interligado, essa energia vai para vários lugares do Paraná e de outras regiões do Brasil, disse
ele.
CUIDADO E PRECISÃO - O conjunto do gerador pesa 492 toneladas e tem 13,4 metros de
diâmetro. A descida e encaixe dentro da casa de força da usina é um trabalho que exige extremo
cuidado e precisão, devendo levar em torno de uma hora para ser concluído.
Segundo o
diretor de geração e transmissão da Copel, Sérgio Lamy, a colocação do terceiro e último rotor
significa que a obra já se encaminha para a finalização da obra. Nos próximos meses estaremos aptos
a iniciar a geração comercial. Em novembro devemos estar com geração da primeira unidade, disse
ele.
Lamy considera que a usina Baixo Iguaçu deverá dar contribuição importante ao setor
elétrico brasileiro, principalmente no custo adicional, quando há bandeira branca vermelha e
amarela. Isso porque o País hoje está em escassez, a situação hidrológica é bastante severa. Com
essa unidade teremos condição de reduzir a geração térmica e reduzir o custo da energia elétrica no
País, explicou.
MUNICÍPIOS - Capanema e Capitão Leônidas Marques, com áreas abrangidas
na construção da Usina, serão diretamente beneficiados com o aumento na arrecadação de impostos e
geração de empregos. Além disso, quando começar a produzir energia, a Usina Baixo Iguaçu vai pagar
uma compensação financeira pelo uso dos recursos hídricos, aumentando a receita das prefeituras.
O prefeito de Capanema, Américo Belle, lembrou que o município, de pequeno porte, vive em
função dos repasses estadual e federal e, com a crise, há queda nas transferências. Com a usina em
funcionamento vamos começar a receber os royalties e pode investir em saúde e educação, deixando os
nossos recursos livres mais para as demais áreas, explicou. É uma data importante para os que
moram nesta região, um empreendimento que representa geração de riquezas e de empregos, disse o
prefeito de Capitão Leônidas Marques, Claudiomiro Quadri.
IMPACTO - O presidente do
consórcio Copel/Neoenergia, José Anchieta, lembrou que o lago de Baixo Iguaçu será operado a fio
dágua, o que significa dizer que não terá a função de acumular grande volume hídrico para
regularizar a vazão do rio. Por isso o impacto é o mínimo possível. Temos um reservatório de 13,5
quilômetros quadrados de área, com impacto em 3 mil hectares, pequeno considerando a dimensão da
obra, que é gigantesca e importante para matriz enérgica nacional, disse ele.
BOX
Copel
foi responsável por monitorar obra e cronograma
Além de integrar a diretoria do Consórcio
formado entre as empresas, a Copel assumiu as atividades de Engenharia do Proprietário e foi
responsável por monitorar a execução da obra e o cumprimento de cronogramas, controlar os contratos
com fornecedores, avaliar do ponto de vista técnico o projeto civil da Usina, acompanhar a
fabricação e montagem de equipamentos, entre outras atribuições.
O aproveitamento Baixo
Iguaçu é o último empreendimento energético previsto para o principal rio paranaense, onde já operam
cinco hidrelétricas de grande porte: Foz do Areia, Segredo, Salto Caxias todas de propriedade da
Copel mais Salto Osório e Salto Santiago, estas pertencentes à Tractebel. Juntas, elas totalizam
6.674 megawatts de potência instalada.
Fonte: FONTE: aen.pr.gov.br | FOTOS: Arnaldo Alves/ANPr