O não comparecimento a consultas já passa de 10% no Centro Regional de Especialidades (CRE), que atende a microrregião de Francisco Beltrão. Segundo dados apresentados na assembleia geral da entidade, ontem pela manhã, das 104 mil consultas com especialistas disponibilizadas aos municípios neste ano, em 10.951 o paciente agendando não compareceu.
As faltas causam transtornos no atendimento e também impactam no orçamento da ARSS (Associação Regional de Saúde do Sudoeste), o consórcio entre prefeituras que administra o serviço. “Quando não há o comparecimento, estamos deixando de atender outras pessoas, além do impacto financeiro que isso causa, já que cada consulta tem um custo que precisa ser arcado de qualquer forma”, comenda o coordenador do CRE, Eduardo Carlos Broering.
A ausência às consultas, no entanto, é considerada dentro da média histórica, segundo a direção do serviço. Segundo Broering, todo os anos, em média, a taxa de não comparecimento é de 10% e também acontece com exames. No caso dos raio-x, por exemplo, boa parte dos diagnósticos não são retirados pelos pacientes, mesmo assim são enviados aos municípios cerca de seis meses depois. O CRE está implantando um sistema de laudo informatizado para enviar os exames diretamente às secretarias de Saúde, via internet.
De acordo com o coordenador do CRE, as ausências ocorrem “por diversos motivos, mas principalmente porque os pacientes agendados desistem da consulta por já terem buscados outros meios” — como o privado — ou por terem melhorado de sintomas que poderiam indicar uma doença. O ideal, afirma Broering, é que os pacientes agendados que não puderem comparecer às consultas comuniquem a Secretaria de Saúde de seu município. “Assim, outra pessoa pode ser agendada e realizar a consulta, vai agilizando a fila e melhorando a saúde pública para todo mundo”, completa.

Fonte: FONTE: jornaldebeltrao.com.br