Nesta semana, a proposta de reabertura da Estrada do Colono ganhou nova
repercussão, após publicação, na semana passada, de reportagem do jornal Folha de S. Paulo, que
levantou pontos negativos do projeto, como o impacto ambiental e a possível criação de uma rota
de tráfico.
Lideranças e entidades de Capanema assinaram uma nota de repúdio à
publicação, defendendo que a reabertura deve ser considerada como fator de desenvolvimento do
Sudoeste.
A Amsop (Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná) também se
manifestou e justifica que o projeto concilia os interesses da população da região que pede a
reabertura para melhorar o escoamento da produção e cria uma nova alternativa de acesso ao Oeste
paranaense com a preservação ambiental.
A proposta existente é de que seja
criado um modelo de estrada parque, com trincheiras para a travessia de animais, baixo impacto
ambiental e controle de acesso em alguns horários, tudo feito de forma consciente e pensada,
argumenta o presidente da Amsop e prefeito de Saudade do Iguaçu, Mauro Cenci (PV).
Carta
do Sudoeste
A reabertura da Estrada do Colono (denominada estrada-parque) é uma das propostas
da Carta do Sudoeste documento elaborado por entidades sudoestinas, com coordenação da Amsop, que
contém propostas de desenvolvimento regional, e que foi entregue a candidatos ao governo do Estado
no ano passado.
Em abril, o projeto de lei 984/18, de autoria do deputado federal
Nelsi Maria Vermelho (PSD), que trata da reabertura, foi aprovado na Comissão de Viação e Transporte
da Câmara dos Deputados. Agora a proposta será analisada pela Comissão de Meio Ambiente.
Antes, em fevereiro, o senador Álvaro Dias (Podemos) desengavetou o projeto do ex-deputado
federal Assis do Couto (PDT), que também trata da Estrada do Colono, e está dando encaminhamento.
Algumas justificativas
Uma justificativa das lideranças do Sudoeste é que o
caminho Estrada do Colono é anterior à criação do Parque Nacional do Iguaçu, e que na região Oeste a
rodovia que dá acesso às Cataratas do Iguaçu também está na área do parque.
Outra
justificativa é que, como estrada-parque, a possibilidade de preservação do meio ambiente e a
fiscalização contra o contrabando será mais eficiente. Sem falar, obviamente, na movimentação
econômica entre as regiões Sudoeste Oeste, que ganharia incremento.
O trecho a ser
reaberto é de 17,5 quilômetros, entre Capanema e Serranópolis do Iguaçu, e está fechado desde os
anos 80, com pequenos períodos de reabertura nesses cerca de 30 anos.
Foto/Legenda:
Estrada permaneceu aberta por alguns perídos nos últimos cerca de 30 anos (na foto de 2003, a
inscrição foi como Caminho do Colono);nova proposta cria um caminho ambiental pelo
parque.
Fonte: FONTE: jornaldebeltrao.com.br | FOTO: Reprodução/Internet