A estrutura eficiente do Governo do Estado e a solidariedade dos paranaenses
fazem do Paraná líder nacional em doação de órgãos. Nos primeiros oito meses de 2019 foram
realizados 1.147 transplantes (órgãos e córneas). Em todo o ano passado foram 1.879 e no acumulado
dos últimos oito anos (2011-2018) o Estado alcançou 9.206 intervenções.
O resultado é
fruto do trabalho integrado da Secretaria da Saúde e do Sistema Estadual de Transplantes, que conta
com apoio das aeronaves do Governo Estadual e foi destacado nesta sexta-feira (27), Dia Nacional de
Doação de Órgãos e Tecidos.
Com mais de dois mil paranaenses aguardando uma doação, o
Estado registra neste ano o menor índice de recusas familiares em entrevistas para doação de órgãos
no País, com apenas 24% que não aceitaram doar algum tipo de órgão de algum parente.
Uma
única pessoa doadora pode salvar até dez vidas. Possuímos cinco vezes mais chances de precisar de um
órgão do que efetivamente conseguir um doador, afirma o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
Falar sobre doação, comunicar os familiares sobre esse desejo, é um ato de amor ao próximo. O
Governo do Estado está comprometido com a população paranaense em se manter líder no ranking de
transplantes, ressalta ele.
Graças à generosidade da população paranaense, que se
dispõe a autorizar a doação de órgãos, continuamos na liderança nacional de doações e temos como
principal objetivo reduzir ainda mais o tempo de espera por um transplante, complementa a
coordenadora do Sistema Estadual de Transplantes, Arlene Terezinha Cagol Garcia Badoch.
MAIS QUE A MÉDIA - A média nacional de doações de órgãos é de 17 pmp (partes por milhão da
população), enquanto o Paraná fechou o primeiro semestre deste ano com 41,1 pmp. O salto estadual
entre 2010 e 2018 foi de 600%: o Estado tinha 6,8 doadores pmp no começo da década e atingiu 47,7
pmp no ano passado, liderando o ranking de doações no país.
O Paraná também liderou o
ranking de transplante de órgãos (outro parâmetro de dados) em 2017 e 2018, com 81,5 pmp e 90,9 pmp,
respectivamente. A média nacional é de 41,9 pmp. O Estado foi o campeão no transplante de fígado e
de rim no último ano.
DOADORES E TRANSPLANTES - Nestes primeiros meses deste ano foram
registrados 313 doadores efetivos, 495 órgãos e 581 córneas de doadores falecidos e 71 órgãos de
doadores vivos, somando 1.147 transplantes realizados. Entre 2011 e 2018, o Paraná somou 1.530
doadores efetivos, sendo transplantados 3.710 órgãos e 5.496 córneas. No último ano foram 540
doadores efetivos, 949 órgãos e 839 córneas de doadores falecidos, e 91 órgãos de doadores vivos,
totalizando 1.879 transplantes.
TRANSPORTE ÁEREO - As cinco aeronaves à disposição do
Governo do Estado têm a missão social de auxiliar todo o sistema estadual de transplantes. A frota é
usada para o transporte de órgãos e ajuda a fazer do Paraná essa referência nacional. Somente neste
ano foram 81 missões de apoio para o transporte de 191 órgãos, perfazendo 260 horas e 25 minutos de
voo.
O Sistema Estadual de Transplantes atende com as aeronaves doadores que estejam a
mais de 200 quilômetros de distância do receptor. As frotas do Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (Samu) e Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) também auxiliam essa
logística.
A operação é fundamental porque entre o momento de retirada do órgão e/ou
tecido há um intervalo de isquemia (entre a retirada do doador até o transplante no receptor): com
relação às córneas, o tecido pode ficar até 14 dias entre um espaço e outro; rins, 36h; fígados,
12h; pulmões, entre 4h e 6h; e, o coração, 4h.
PEDT O Paraná foi o primeiro estado do
Brasil a concluir e aprovar um Plano Estadual de Doação e Transplantes, com planejamento até 2022.
Tudo é controlado em uma Sala de Situação, que monitora o Estado 24 horas por dia e faz a análise
dos dados para elaborar estratégias de ação. São quatro câmaras técnicas coração, fígado, rim e
córneas.
ESTRUTURA O Estado conta com uma Central Estadual de Transplantes responsável
pela área administrativa e plantão, localizada em Curitiba, além de quatro Organizações de Procura
de Órgãos (OPOs), na Capital, Londrina, Maringá e Cascavel. Estes centros trabalham na orientação e
capacitação das equipes distribuídas em 67 hospitais do Paraná, que mantêm Comissões
Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT). Ao todo são cerca de
700 profissionais envolvidos, entre eles 23 equipes de transplante de órgãos, 25 centros
transplantadores de córneas e três bancos de córneas em atividade Londrina, Maringá e Cascavel.
CAPACITAÇÃO Entre 2018 e 2019 foram realizados mais de 100 cursos com cerca de dois mil
profissionais de áreas críticas da saúde para capacitação em benefício da melhoria e continuidade na
excelência do atendimento em transplantes. As capacitações são realizadas semanalmente pelo Sistema
Estadual de Transplantes.
Box
Confira informações sobre doações e transplante
Como ser doador É bem simples: avise a sua família. Seus órgãos só poderão ser doados com
autorização dos seus parentes mais próximos.
Quem pode doar Qualquer pessoa, após a
confirmação da morte e mediante autorização da família.
Quais órgãos podem ser doados
Coração, rins, pâncreas, pulmões, fígado e também tecidos, como: córneas, pele, ossos, valvas
cardíacas e tendões. Ou seja, um doador pode ajudar muitas pessoas.
Doador falecido Pacientes
que foram diagnosticados em morte encefálica (ME), o que ocorre normalmente em decorrência de
traumas/doenças neurológicas graves, podem ser doadores de órgãos e tecidos. Nos casos em que o
falecimento decorre de parada cardiorrespiratória (PCR), podem ser doados tecidos.
Doador vivo
Qualquer pessoa saudável pode ser doadora em vida de um dos seus rins ou parte do fígado para um
familiar próximo (até 4ª grau consanguíneo), porém quando a doação de um rim ou parte do fígado for
para uma pessoa não aparentada é necessário autorização judicial.
Quem recebe os órgãos Os
órgãos doados são destinados a pacientes que necessitam de transplante e estão aguardando em uma
lista única de espera. Esta lista é fiscalizada pelo Sistema Nacional de Transplantes do Ministério
da Saúde e pelas Centrais Estaduais de Transplantes.
A seleção de um paciente que aguarda
por um transplante, ocorre com base na gravidade de sua doença, tempo de espera em lista, tipo
sanguíneo, compatibilidade anatômica com o órgão doado e outras informações médicas importantes.
Todo o processo de seleção dos potenciais receptores é seguro, justo e transparente.
Fonte: FONTE: www.aen.pr.gov.br