Líder nacional na atividade avícola, respondendo por um terço do abate de aves
no País no ano passado, a produção de carne de frango no Paraná teve crescimento de 3,9% em 2020 com
relação ao ano anterior. O volume total foi de 4,49 milhões de toneladas, 33,4% das 13,7 milhões de
toneladas produzidas pelo Brasil em 2020, com mais de 2 bilhões de aves abatidas.
Os dados da
Estatística da Produção Pecuária, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também
são confirmados pelo Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná
(Sindiavipar), cujas indústrias associadas foram responsáveis pelo abate de 1,95 bilhão de aves no
ano passado, 4,5% a mais que em 2019, quando 1,87 bilhão de animais foram abatidos. A entidade
representa 45 abatedouros e incubatórios paranaenses.
SAIBA
MAIS: Paraná
poderá produzir 42 milhões de toneladas de grãosSAIBA
MAIS: Estado
ampliou a produção e o protagonismo na cadeia de carnes em 2020SAIBA MAIS: Paraná
inicia 2021 como segundo maior exportador de mel in naturaMesmo com a pandemia, que
exigiu adaptações e investimentos no setor, os produtores comemoram o bom resultado do ano passado.
O setor de alimentos do Brasil provou que é possível se adaptar e manter a produção em condições
saudáveis. Sempre tivemos um rigor muito alto com a higienização, antes mesmo do surgimento da
pandemia, explica o presidente do Sindiavipar, Irineo da Costa Rodrigues.
EXPORTAÇÃO - Além de principal produtor, o Paraná é também o
Estado que mais exporta carne de frango no País. Responde por 40,9% das exportações brasileiras no
setor e vende para cerca de 160 países. É quase o dobro das exportações de Santa Catarina, que fica
em segundo lugar, com 21,6% das exportações. Na sequência vem o Rio Grande do Sul, com 16,9%.
Juntos, os três estados do Sul concentram 79,4% do frango brasileiro comercializado para outros
países.
O frango, segundo principal produto, atrás apenas da soja em grão, e a principal
proteína animal exportada pelo Paraná, respondeu, em 2020, por 21,6% de todo o comércio exterior
paranaense, com a venda de 1,59 bilhão de toneladas no ano passado. Esse total representou US$ 2,56
bilhões na balança comercial estadual, ou R$ 14,71 bilhões na cotação atual.
O principal
destino é a Ásia, sendo que a China compra um quarto da carne de frango do Estado, ou 410,18 milhões
de toneladas. Outros importantes mercados são os Emirados Árabes Unidos (117,77 milhões), Japão
(114,1 milhões), Arábia Saudita (92,92 milhões) e Coreia do Sul (63 milhões). Os dados foram
compilados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), com base nas
informações da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia.
SANIDADE ANIMAL - As recentes mudanças no status sanitário do
Paraná vão interferir positivamente em toda a cadeia de carnes paranaense, incluindo a avicultura.
Neste mês, o Estado recebeu parecer favorável do comitê técnico da Organização Mundial de Saúde
Animal (OIE) e deu mais um passo para o reconhecimento internacional como área livre de febre aftosa
sem vacinação, além de ser reconhecido como zona livre de peste suína clássica
independente.
SAIBA MAIS: Comitê
técnico da OIE valida Paraná para ser Área Livre de Aftosa sem VacinaçãoSAIBA MAIS: Paraná
vai alcançar novo patamar na cadeia de carnes com reconhecimento sanitárioSAIBA MAIS: Estado
conquista chancela técnica como zona livre de peste suína clássica"Imagino que o Brasil
possa saltar de 29 milhões de toneladas de proteínas animais por ano, fora o leite, para 35 milhões
de toneladas em 10 anos. Com essa expectativa, o Paraná sairá de 6 milhões para 7 milhões ou 7,5
milhões de toneladas. Estamos crescendo bem em frango, no qual somos campeões, e em suínos,
vislumbrando a liderança", avalia o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto
Ortigara. "O Estado mostra aos outros países que tem volume, escala e qualidade, dá para comprar e
comer sem risco".
Fonte: FONTE: Agência Estadual de Notícias do Paraná | FOTO: Jonathan Campos/AEN