O Instituto Água e Terra (IAT), vinculado à Secretaria do Desenvolvimento
Sustentável e do Turismo, libera a partir desta quinta-feira (01) a colheita, venda, transporte e
armazenamento do pinhão. A recomendação é que a semente seja colhida de pinhas que já caíram, sinal
mais garantido de sua maturação. Além disso, evita que a pessoa corra o risco de queda ao subir numa
araucária.
As normas e instruções são estabelecidas na Portaria IAP nº 046/2015 e têm como
objetivo conciliar a geração de renda e proteger a reprodução da araucária, árvore símbolo do
Paraná, ameaçada de extinção.
Quando o pinhão cai ao chão, é uma oportunidade para animais,
como a cutia, ajudarem a semear em outros lugares, garantindo a reprodução da araucária, explicou
diretor-presidente do IAT, Everton de Souza.
SAIBA
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Ambiental reforça ações e atende 15 mil ocorrências em 2020SAIBA MAIS: Instituto
Água e Terra reduz em 43% tempo de resposta da OuvidoriaSAIBA MAIS: Guia
do IAT explica as diferenças entre animais nativos e exóticosA semente da araucária se
forma dentro de uma pinha, fechada, que com o tempo vai abrindo até liberar o pinhão, o qual precisa
de quatro anos para completar o seu amadurecimento. As pinhas maduras desprendem dos galhos
geralmente entre os meses de abril a agosto e quando arrebentam esparramam as sementes do seu
interior.
PROIBIÇÃO - Mesmo sendo colhido na data
permitida, é proibido o consumo e venda do pinhão verde. As pinhas imaturas apresentam casca
esbranquiçada e alto teor de umidade, o que favorece a presença de fungos, podendo o alimento se
tornar até tóxico para o consumo humano. Se consumido, pode prejudicar a saúde com problemas como a
má digestão, náuseas e até episódios de constipação intestinal.
De acordo com as normas
ambientais, a pessoa que for flagrada na venda, transporte ou armazenamento do pinhão antes do dia
1º de abril está sujeita a responder a processos administrativo e criminal, além de receber auto de
infração ambiental e multa de R$ 300,00 para cada 60 quilos de pinhão.
A venda do pinhão
deve seguir a legislação vigente para que possamos garantir a maturação do fruto e também a
preservação da araucária. Não é permitido vender nem comprar pinhão antes da data estabelecida,
afirmou o diretor de Licenciamento e Outorga do IAT, José Volnei Bisognin.
DENÚNCIAS - A venda de pinhões trazidos de outros Estados
também não é permitida, sendo obrigatório respeitar as normas locais. Denúncias sobre a venda
irregular de pinhão e demais infrações ambientais podem ser feitas no link Fale Conosco, no site do
IAT, pelo telefone do Instituto em Curitiba: (41) 3213-3700 ou, ainda, nos Escritórios Regionais do
IAT e na Polícia Ambiental.
Fonte: FONTE: Agência Estadual de Notícias do Paraná | FOTO: Gilson Abreu/AEN